domingo, 4 de novembro de 2007

Continuar lecionando ou retomar os estudos?

Conforme divulgado na Folha Online do último dia 22, 47% dos professores da educação básica não têm diploma universitário. A única restrição para os profissionais desse nível é a de terem formação média ou o Magistério.

Se as determinações da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) fossem cumpridas, profissionais com essa formação dificilmente participariam de concursos de admissão. A partir do próximo ano, não devem mais ser contratados os educadores que não possuírem formação superior.

Em 1996, dados do Censo Escolar do MEC indicavam que apenas 20% dos docentes de pré-escolas e do primeiro ciclo do ensino fundamental possuíam diploma de nível superior. A partir daí, o número aumentou para 53% - inclusos nesta conta os professores de creches.
Apesar do aumento, 658 mil professores de creches, pré-escolas ou dos primeiros anos do ensino fundamental continuam dando aula apenas com a formação média.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) instituiu em suas disposições o período entre 1997 e 2007 como a década da educação e, previu no artigo 87 que ao final desse período só seriam admitidos "professores habilitados em nível superior".

Contudo, anteriormente, a exigência de formação superior para os professores do segundo ciclo do ensino fundamental já existia, por isso, fica claro que a nova determinação tem como foco os docentes de creches, pré-escolas e do primeiro ciclo do ensino fundamental.

Especialistas e professores graduados são unânimes em dizer que a formação superior deve ser obrigatória a todos os professores, seja de ensino fundamental ou médio. Principalmente porque, a base dos primeiros anos de estudos deve ser a mais sólida.

Aí cabe uma questão: o que fazer com os profissionais que lecionam há mais de 30 anos e não possuem ensino superior?

sábado, 3 de novembro de 2007

Comemorar a violência ???


Nesta quinta, a Secretaria da Segurança de São Paulo divulgou as estatísticas criminais do terceiro trimestre do ano e comemorou a continuidade da queda dos números de registros de homicídios dolosos, foram 1.217 em todo o Estado. Em 2004, houve 2.196 homicídios dolosos em São Paulo.


O sociólogo Túlio Kahn é coordenador de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública. Ele acha que o trauma provocado pelos atentados do PCC no ano passado, o suposto incentivo a ações policiais violentas por parte do governo estadual do Rio e o filme "Tropa de Elite" são motivos pelos quais a violência policial do Estado tem índices estáveis enquanto os de homicídios dolosos caem.


A violência é tema constante das páginas de jornal e todos os veículos de comunicação. Da apologia ao medo, ela toma conta da nossa vida. Um trabalho de Psicologia que fiz semana passada trata exatamente esse assunto, como a mídia aborda assuntos violentos. Agora, me pergunto, e pergunto a vocês: a mídia é fiel ao fato violento? Assusta saber tudo ou não vende contar histórias não violentas, e assim ela aumenta e banaliza o fato? Será que o fanfarrão Capitão Nascimento ajudou a controlar a violência em São Paulo?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Será que vai pegar?



Com o intuito de incentivar os consumidores a pedirem notas fiscais, a cidade de São Paulo implantou o programa Nota Fiscal Paulista. O sistema de nota fiscal eletrônica é o mesmo já disseminado pela Prefeitura Municipal de São Paulo, implantado em 2006 e com emissão superior a 100 milhões de notas. Com a arrecadação de 3,4 bilhões de reais, a nota fiscal eletrônica disponibilizará 154 milhões que serão revertidos à população como crédito para o abatimento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).


O programa Nota Fiscal Paulista também garante descontos em alguns impostos – dentre outros, o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.


Cerca de 24 mil novos estabelecimentos já aderiram ao programa, e desde de ontem, mais 106 mil pontos já o implantaram. Estabelecimentos como padarias e confeitarias com predominância de produção própria; padarias e confeitarias com predominância de revenda; bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares; serviços ambulantes de alimentação; fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas; serviços de alimentação para eventos e recepções, como bufe; cantinas; e empresas que fornecem alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar deverão estar inscritos até o final de novembro.


Em dezembro chega a vez do comércio varejista relacionado à saúde, esporte e lazer de se adequarem ao novo sistema de emissão de nota fiscal. A previsão da Secretaria da Fazenda é de que 750 mil estabelecimentos tenham aderido à nova nota até maio de 2008.


No penúltimo dia de adesão (30 de outubro), o site da Nota Fiscal Paulista registrava o cadastro de 23.595 locais – o que representa 98% do total. A multa para os que não se adequarem é de 1.423 reais por nota não emitida.



Será que esse é mesmo um estímulo para os consumidores? E, a solução para a sonegação fiscal?



Informações: Portal G1




quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Inovar para ganhar dinheiro

"A família brasileira gasta, em média, R$ 1.778,03 por mês, valor pouco mais baixo que seu rendimento médio mensal, de R$ 1.789,66. Em quase todas as classes de rendimento o valor médio das despesas é maior que o valor arrecadado. Na classe de pessoas com R$ 400 de rendimento, ganha-se em média R$ 260,21, mas gasta-se R$ 454,70. Apenas as classes acima de R$ 3.000 gastam, em média, menos do que recebem.


Em meio a tantos gastos e poucas soluções, uma palavra pode resolver os problemas causados pela falta de emprego e oportunidades para obtenção de dinheiro: empreendedorismo. Dentro do perfil deste novo empresário, que aposta em idéias inovadoras e cria, muitas vezes, sua própria empresa, estão características como a insatisfação com sua situação atual, sensibilidade de percepção do mundo e dos mercados e coragem, claro! Porque não é fácil investir em um tipo de produto - ou serviço – que as pessoas ainda desconhecem e não se ter qualquer segurança se este irá triunfar.


Apesar de parecer haver produtos e serviços para todas as necessidades do homem contemporâneo, novos modos de vida requisitam novas características em velhos mercados ou a criação de muitos ainda inexistentes. Para se destacar, então, é necessário estar atualizado e bem preparado para saciar os anseios do cliente e conseguir, assim, ganhar dinheiro legalmente.


A partir da percepção da constante correria da população paulistana, a psicóloga e professora de Eda. Física Talia Jaoui, e sua sócia Lourdes Ottaviani, engenheira civil com especialização em Administração de Empresas, criaram a Tempo de Confiança. Sob o slogan “porque às vezes tudo o que precisamos é de uma mãozinha”, a empresa vende tempo. Isso mesmo, tempo! Ao contrário do que se pensa, não é o mesmo que comprar terreninhos no céu: você paga uma quantia por hora de trabalho para elas fazerem o que você precisa fazer, mas não tem tempo. Há uma lista de possíveis atividades a serem realizadas pela empresa, mas suas fundadoras não excluem outras necessidades e estão abertas a negociações.


A empresa, mesmo com menos de um ano de funcionamento, já vem colhendo frutos. Além da lista de clientes vir aumentando, tem ganhado visibilidade e apoio pela inovação. Entretanto, há dificuldades, e dentre as as principais enfrentadas, Talia afirma que estão fazer as pessoas entenderem este novo tipo de negócio e a propaganda, ainda cara: “Fica mais fácil e confiável no boca-a-boca”.


Apesar de tudo, nunca foi tão fácil empreender como é hoje. O acesso democrático à informação permite que o novo empresário saiba de tudo o que acontece nos mais variados mercados, requisito fundamental – e primeiro - para a criação de um negócio próprio. Isto sem mencionar a maior facilidade de acesso a recursos financeiros para a viabilização da empresa, seja por meio de investidores – número que tem aumentado - ou de empréstimos de bancos que realmente valem a pena conhecer.


Estudiosos dessa nova fórmula afirmam que ter uma experiência prévia na área em que se deseja atuar aumenta as chances de sucesso do negócio. Os criadores do site Youtube, Steve Chen e Chad Hurley, são os exemplos mais usados para embasar o argumento. Ou conheciam bem a área de web ou trabalharam em empresas do gênero. Caso este não seja o seu caso, ainda é possível se capacitar por meio de cursos, palestras, em feiras do ramo ou até buscando informações em livros como “PDI – O Poder das idéias”, de Ricardo Bellino, “Como vender qualquer coisa e a qualquer um”, de Joe Girard, e “Como chegar lá”, de Donald Trump.


Para incitar sobre o tema, o que você gostaria de comprar que ainda não há no mercado?

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Apagão do gás?

Nessa última terça feira, além do trânsito, os motoristas de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram mais uma preocupação. A Petrobrás suspendeu o fornecimento de gás natural veicular em 17% nas duas metrópoles, justificando que necessita assegurar a geração de energia elétrica para as usinas a gás do Brasil.


As conseqüências foram mais de 89 postos de gasolina, oito grandes indústrias, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a Bayer e empresas de São Paulo. Além disso, essa notícia pegou a população de surpresa, os postos tiveram filas de carros tentando garantir seu combustível. A exemplo desse desespero são os taxistas que temem o prejuízo, já que o gás é um combustível muito mais barato.


A Petrobras informou ainda que as concessionárias Comgás (de SP), CEG (Companhia Estadual de Gás – RJ) e a CEG-Rio estavam usando um volume maior que o estabelecido no contrato, e que todas foram previamente avisadas desse ‘racionamento’. As empresas divulgam que não concordam com a medida, tomada de forma arbitrária.


O gerente da CEG (RJ), Hugo Aguiar disse em entrevista para a Folha do GNV, em setembro de 2007, que: “O que a gente avalia é que se está num momento restritivo. O governo federal, por conta de um momento complicado no setor elétrico, quer reservar gás para esta área e isto acaba afetando o segmento automotivo”, explicou. Ou seja, eles tinham o conhecimento prévio desse risco, e sabem que existe uma cautela quanto a essa distribuição.


Hoje, saiu uma liminar por parte da Justiça do Rio obriga que a Petrobras restabeleça o fornecimento de gás natural às concessionárias Ceg e Ceg-Rio, como nos últimos doze meses. A estatal não informou se irá recorrer. Mesmo com a medida, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Vieira, afirma que essa redução já deu um prejuízo de quase cindo bilhões (4,5 % do PIB fluminense).


Quem deverá arcar com todo o prejuízo da população e das empresas?


Agora resta a insegurança, até quando isso ficará 'normalizado'?

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Machismo? Novos tempos nas Américas!!!!


As mulheres sempre foram exploradas pelos homens. Se há uma verdade que ninguém põe em dúvida, é essa. Mas que fique bem claro… foram !!! Nos novos tempos, ninguém pode negar que cada vez mais as mulheres vêm ocupando cargos grandiosos que antes, uma possível cogitação, soaria como piada.

E nas Américas, com a chegada do século XXI isto esta se tornando realidade. Há poucos dias, nossos co-irmãos Argentinos provaram que o tradicional machismo latino está cada vez mais longe de ser colocado em prática. No ápice da democracia de uma nação, aquele momento em que o povo deve eleger seu mais novo chefe de Estado, a recém eleita Cristina Kirchner disputava briga pelo cargo com Elisa Carrió.

Já no Chile, no início de 2006, Michelle Bachelet foi incontestavelmente eleita a primeira presidente mulher do país com pouco mais de 53% dos votos. Há quem diga que com ela no poder, as coisas estão caminhando melhor para os chilenos.

E o que dizer sobre a senadora de NY e pré-candidata à Presidência dos Estados Unidos, Hillary Clinton, que é apontada pelos Democratas como grande trunfo para retomar o poder norte-americano dos Republicanos de Bush.

Estes são apenas alguns exemplos; e exemplos não faltam. Em linhas gerais as mulheres estão cada vez mais mostrando o seu talento e ocupando cargos estratégicos e posições de destaque que até então eram exclusivamente dos homens. Sejam elas empresárias, politicas, médicas, advogadas… elas estão alcançando o que era incontestável, superando os preconceitos e os limites e mostrando que tem sim, muito preparo e muita competência para tais funções e responsabilidades.


Será que se não fosse assim desde o início dos tempos, as coisas não seriam diferentes?!?

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

A procura da beleza perfeita! Ela existe?


Um pesquisa encomendada pela marca Unilever e feita pela StrategyOne, envolveu 3.200 mulheres, entre 18 e 64 anos de idade, de dez países (entrevistas realizadas entre fevereiro e março de 2004): EUA, Canadá, Inglaterra, Itália, França, Portugal, Holanda, Brasil, Argentina e Japão. Ela buscou identificar os componentes dos novos padrões de beleza, incluindo felicidade, relacionamento, autoconhecimento e cuidados pessoais.

Alguns dados interessantes:

2% das mulheres se descrevem como belas
59% acreditam que mulheres fisicamente atraentes são mais valorizadas pelos homem
68% concordam que a mídia utiliza padrões irreais e inatingíveis de beleza
76% dizem que a mídia retrata a beleza baseada mais na atratividade física do que na beleza
54% das brasileiras já considerou submeter-se a cirurgia plástica

Um ano após essa pesquisa, a Unilever encomendou para o Ibope, um outra coisa mil mulheres brasileiras. 57% das meninas entre 16 e 17 anos consideram a mulher “violão”, ou seja, com curvas, a que melhor representa a mulher brasileira, contra 39% para as mulheres entre 18 e 29 anos e 31% para as mulheres entre 30 e 48 anos. Apesar de 91% das mulheres preferirem mulheres normais em campanhas publicitárias, poucas estão satisfeitas com seu próprio corpo. 44% delas querem perder peso. O que elas fazem para isso? 31% se rendem aos regimes alimentares, 12% fazem ginástica, e 5% chegam a tomar remédios.

Uma outra pesquisa feita com 140 modelos, pelo psicólogo Marco Antonio de Tommaso, perguntava a elas quais notas dariam ao próprio rosto e ao corpo. Em média, deram 7,2 para o rosto e 6,3 para o corpo. Algumas modelos chegaram a se dar nota 2,5 ou 3!

Parece que a busca incansável pelo padrão de beleza atual continua. Mesmo com campanhas contra anorexia, bulimia, campanhas pela real beleza (da própria Unilever/Dove), e discussões diárias sobre o assunto nos meios de comunicação, as mulheres continuam se prendendo à um padrão estético que elas mesmas dizem ser irreal. Ou seria real? A sociedade cobra isso das mulheres?

O que seria um padrão do que é bonito em uma sociedade tão diversificada em termos físicos? Existe um PADRÃO para aproximadamente 6,8 bilhões de pessoas?

“Até que gosto do meu corpo, mas preciso afinar minhas coxas, são muito grossas. Meu peito teria que ser mais empinado. A cintura menor. Uma lipoaspiração no quadril, talvez” - H.N. 20 anos 1,74 m, 53 kg.

Três a Quinze Anos de Prisão

O número de mulheres presas no Brasil por tráfico de drogas ultrapassa a marca de dez mil. Parece chocante, mas é a realidade! Os dados foram coletados pela polícia Federal, departamento de Narcóticos de São Paulo (Denarc) e o Ministério das Relações Exteriores (fonte: Revista ISTO É). A pesquisa diz ainda, que cerca de 80% delas tem o mesmo perfil: jovens e de classe média.

Essas mulheres aceitam incisões cirúrgicas para esconder a mercadoria (ecstasy e cocaína, principalmente). Ainda de acordo com a ISTO É, elas recebem de US$ 1 mil a US$ 15 mil por ‘serviço’, e esse valor varia de acordo com a quantidade da carga.

Acredita-se que essa procura por mulheres que aceitam realizar o serviço, antes feito por homens, baseia-se na boa aparência, que despista a polícia; além da máfia que atua junto aos produtores colombianos de drogas. O fato de no Brasil, o quilo da cocaína custar por volta de US$ 4.500, enquanto na Europa é de US$ 25 mil e no Japão até US$ 100 mil, ‘obriga’ os traficantes a transportá-la rumo ao maior lucro possível.

Inclusive no último dia 27, o site do jornal ‘O Globo’, do Rio de Janeiro publicou uma matéria em destaque intitulada: Mulheres no Tráfico – Uma vida nada cor-de-rosa nas bocas de fumo. Muito interessante, e discorre sobre a vida das favelas na pele de mulheres. Fala, também, sobre o crescimento dessa atividade e como é essa atuação dentro das favelas. Vale a pena conferir:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/10/27/326930083.asp

Baseada nessa matéria que sugeri, acredito que essas mulheres passam a ver apenas um lado de suas ações; como, geralmente, estão acompanhadas de outras que realizam as mesmas atividades (ou semelhantes), ocorre uma interação de idéias. Então, para permanecer de acordo com a maioria, seguem os ‘padrões’ e acreditam que seja algo bom para a família, em termos financeiros.

Porém, é possível afirmar que as mulheres tendem a temer a fuga dessa situação em que se meteram, pois, acreditam que esse é o jeito mais seguro de sobreviver e serem aceitas.

Até o ano de 2006, o número de mulheres presas por tráfico aumentou 76,1%.

Livro: “Falcão - Mulheres e o tráfico”, de Celso Athayde e MV Bill.




Parte do vídeo produzido pelas alunas de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Manckenzie: Fernanda A. Kuslevicius / Helena Sá / Laura Andrews / Marina Beltrame / Patrícia Schiaveto / Renata Di Giaimo Sommerfeldt / Roberta Santoro;

Entrevista (na íntegra) realizada no município de Rio Claro - SP, pela aluna de Jornalismo do 5° semestre Marina Beltrame.

sábado, 27 de outubro de 2007

Copa do Mundo Aqui ???


Atualmente, devemos nos acostumar com diversas manchetes sobre este tema...


Claro, o Brasil é o pais do futebol... nada mais justo e coerente do que termos o grande espetáculo da bola no país da bola....


No entanto, as coisas nao são bem por ai. Com os investimentos estimados para realização de tal evento poderíamos resolver diversos problemas que nos defrontam diáriamente !!


O índice de analfabetismo no Brasil, de acordo com pesquisa do IBGE gira em torno de 10% da população, o índice de desemprego esta em torno de 15% (Diese), a criminalidade esta evidente em cada esquina deste país.


Tomando como base que os jogos Pan Americanos realizados em Julho deste ano no Rio de Janeiro (em apenas uma cidade), com um orçamento incialmente previsto para R$ 800 milhões, na verdade ultrapassou R$ 3,5 bilhões; quanto será que gastaríamos para revitalizar os estádios, os estacionamentos, centros de treinamento em aproximadamente 10 capitais do Brasil??


No entanto, devemos considerar que um evento de tais proporções no Brasil, iria alavancar o mercado de turismo no país. Cidades como Rio de Janeiro, Maceió, Natal e Florianópolis, privilegiadas por suas belezas naturais, enxergam neste evento uma grande oportunidade para seus interesses econômicos, como por exemplo revitalizar a segurança e os tranportes públicos de suas cidades. Sem considerar que seria uma grande oportunidade de mostramos para o mundo que somos sim capazes de organizar uma Copa do Mundo, e que o Brasil pode sim ser considerado um dos países emergentes deste novo século.


Fica um questionamento:
Vale a pena tamanho investimento? Vamos discutir quais são as prioridades?? Vamos??

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

São Paulo de todos, São Paulo de ninguém...

Não é de hoje que os paulistanos são xenofóbicos – senão a maioria, grande parte deles. Porém, não há outra cidade que misture tanto os genes, de tantas etnias, como São Paulo. É só estar no centro da capital para perceber isso! Não há raça que não se encontre; não há aparência física que não seja comum; enfim, não existe rosto que não caiba em São Paulo.

Considerada a cidade de maior diversidade cultural do Brasil e uma das mais diversas do mundo, São Paulo conta com 2,3 milhões de imigrantes vindos de todas as partes do globo. É a terceira maior cidade italiana do mundo, a maior cidade japonesa fora do Japão, a terceira maior cidade libanesa fora do Líbano, a maior cidade portuguesa fora de Portugal e a maior cidade espanhola fora da Espanha.

Está nas raízes da cidade ser multicultural e, é justamente por isso que é tão rica. O que seria dos paulistanos se não fossem os imigrantes? A mistura de raças, etnias e culturas se acentuou com o correr do tempo e marcou profundamente a vida cultural, social e econômica da cidade, transformando-a em a 19ª cidade mais rica do mundo!

Além disso, é a 34ª entre as cidades mais caras; a que tem a 2ª maior frota de helicópteros – atrás apenas de Nova Iorque; a cidade que tem o 5º maior zoológico; a que recebeu o título de “Capital Mundial da Gastronomia” de uma comissão formada por representantes de 43 nações; a que possui uma das 8 ruas mais luxuosas de compras do mundo (Rua Oscar Freire), dentre outras estatísticas.


O que se ganha com isso? Identidade!
Identidade que tem a cara de São Paulo e a cara do mundo!




E você, o que tem de São Paulo? E, o que São Paulo tem de você?
Foto: Radiobrás

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Qual é a sua?


O Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) declarou Patrimônio Cultural do Brasil o samba carioca. Uma semana depois, na terça-feira (16), a prefeitura do Rio de Janeiro declara a bossa nova Patrimônio Cultural Carioca.

Dois motivos de orgulho para todo brasileiro, não só o carioca. Assim como estão presentes, na foto acima, dois personagens que muito colaboram para a sobrevivência deste sentimento em momentos de crise; personagens de um Brasil bonito, rico e exemplo para outras nações em muitos aspectos.

Exemplos para um Brasil de 188.298.099 habitantes (2006), 8 514 215,3 km², composto por 27 Unidades da Federação e 5 507 municípios.

E você, com que Brasil você se identifica? E de qual sente vergonha?


Águas de Março (Tom Jobim)

"É pau, é pedra, é o fim do caminho / É um resto de toco, é um pouco sozinho / É um caco de vidro, é a vida, é o sol (...)"

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Onde estará a justiça?

A pena de morte foi aplicada em praticamente todas as civilizações como forma de punição para os crimes cometidos. Atualmente, encontra-se numa esfera legal, onde o contexto sociológico é muito diferente.



Foto: humanidadedesumana.blogs.sapo.pt

Ainda que haja democracia e que seja nossa forma de governo, devemos perceber nossa realidade. Não há um corpo policial de inteira confiança, muito menos sob o controle total do Estado. Notícias sobre abuso de autoridade e mortes mal explicadas são diariamente divulgadas. Os próprios criminosos fazem suas leis tanto fora, quanto dentro das prisões e muitas vezes com ajuda de policiais.


Com base nesses fatos, podemos verificar que a implantação da pena de morte no Brasil, a princípio, não amenizará a insegurança da população, e provavelmente não terá poder para inibir os crimes.


As grandes desigualdades sociais e econômicas também devem ser levadas em conta, as classes dominantes têm privilégios que a maioria da população não tem. E essa maioria fica submetida à violência, à discriminação, à falta de educação, de cultura e de justiça.


Justamente nesse ponto verifica-se que a introdução da pena de morte no Brasil deve ser muito bem estudada. Do contrário, essas classes mais pobres podem sofrer conseqüências drásticas para aumentar sua insegurança e descrença com nossa instituição de poder.


Será que essa atitude não poderá acarretar graves conseqüências na forma de viver e pensar da população? Afinal, estaremos divulgando o desrespeito à vida e precisamos saber até que ponto isso vale a pena.



Continentes onde a pena de morte foi abolida:

- África do Sul - 13 países; (última execução em 1995, Libéria).

- Américas - 16 países; (última execução em 1977, Bermudas).

- Ásia - 10 países; (última execução em 2000, Filipinas).

- Europa: Durante os séculos XIX e XX todos os países europeus aboliram a pena de morte, com exceção da Bielo-Rússia e Rússia (embora, nesta última, exista uma moratória desde 1996).

- Oceania - Apesar de três países desse continente ainda reterem a legislação da pena de morte (Nauru, Papua-Nova Guiné e Tonga), nenhuma execução é realizada na Oceania desde 1982.


Ainda que o criminoso seja passível de punição, é justo o Estado tirar sua vida intencionalmente?


"Os atos contra a natureza engendram distúrbios contra a natureza”. (William Shakespeare)

terça-feira, 23 de outubro de 2007

O tempo em fatias...


Cortar o Tempo
Carlos Drummond de Andrade

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar
no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e
entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra
vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra
diante vai ser diferente”.


Li esse poema de Carlos Drummond de Andrade e achei incrível! Achei conivente com a situação que as pessoas se encontram hoje, tendo como única saída a ESPERANÇA.

É uma forma de traduzir nossos anseios e sonhos em realidade. É uma maneira de poupar os absurdos que vemos ao nosso redor. E acreditar que um dia tudo pode mudar!

Acredito sim, que é uma dose de anestesia e de ânimo para continuar a lutar!

Todo fim de ano fazemos uma retrospectiva de tudo que aconteceu em nossas vidas. Olhamos para trás e avaliamos todos os acontecimentos. Ficam na lembrança muitas coisas boas, e revemos tudo o que não foi bom.

Novo fôlego para o ano que chega, cheio de vontades, projetos e promessas.

Promessas e projetos que muitas vezes não são cumpridos, apenas idealizados. Aliás, a maioria deles. Mas mesmo assim, todo ano repetimos tudo de novo...

É um incentivo para continuar?

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Sem rótulos, apenas um desabafo!

Hoje vou compartilhar uma experiência nova que tive no fim de semana. Alguns me acharão uma tonta, outros irão me entender, outros não sei.... O post vai ficar meio grande, desculpem, mas vou ter que contar tudo!
Estava eu em minha sexta a noite, rumo ao Rosas de Ouro, encontrar com amigos, sambar, dar risada. Quando o telefone de uma amiga que estava no carro toca e ela diz: tenho vip pra mulher na Lotus e homem é 80 reais!
Meu mundo começa a mudar já! Decidimos os três irmos, o menino pagaria 40, eu e minha amiga dividiríamos os outros 40, 20 cada uma. Pensei comigo: com 20 reais tomo umas 3 cervejas. Volto pra casa e me fantasio, até gostei dessa parte, é legal se arrumar. Vamos em direção a essa balada, que eu já ouvi muito falar, dizem que é ótima, só gente bonita. Eu quero mais é me divertir, seja lá onde for!
Chegamos, e na primeira revista meu amigo é barrado por portar um Sorine no bolso. Deixa o Sorine né, afinal, o que são 10 reais pra qualquer um da fila?! Sobe elevador, mais uma fila, pego a comanda, entro....
Um lugar pequeno, onde todos se enxergam, bonito, com pessoas MUITO bonitas! O som não me agrada muito, mas....
Vou ao bar e pergunto: qual cerveja tem e quanto é?
Barman: Longneck Primus, 14 reais! Facada no pulmão parte I
Eu: Caipirinha?
Ele: 28 reais Outro pulmão morto
Eu: Vodka e energético?
Ele: Vodka 18, energético 15
Essa hora eu já estava quase caída no chão, e o barman vira e fala: fecha uma vodka com seus amigos, 400 reais!!!!!!!!!!!!!!!!!
Pensei o seguinte: vou dançar! E fui! Dancei bastante, para esquecer aquilo que foi me dito no bar! Até consegui, porque a luz strobo me deixou maluca (quem me conhece sabe que não fico 5 minutos perto dela, eu fiquei a noite toda!). Dei risada com meus amigos, com pessoas que conheci. Percebi que realmente existem pessoas lindas e com disposição para ficar 3 horas se arrumando, e percebi que tem gente que tem menos idade que eu, não trabalha ainda e PODE beber e comer a noite toda nesse lugar.
Vamos pagar? Vamos! Minha comanda passa, e não tem nada, minha amiga também. Meu amigo perdeu a noção um pouco, e digo um pouco porque quando vi a menina do lado passando a dela e a caixa dizendo: 720 reais, vi que 80 não era nada! A do outro lado diz: 900 reais!
Saio, boba, vou ao encontro dos meus amigos que estavam no Rosas de Ouro, e eles me dizem que viram Leci Brandão por 10 reais e tomaram cerveja a noite toda!
Pausa para reflexão:
-Uma cerveja no supermercado custa 1 real; 10 limões, 1 real; uma vodka, 15 reais
-Se eu passar 2 meses em casa, sem gastar nada, não ajudar nas contas, não comer no trabalho, não comer na faculdade, eu posso ir nesse lugar e gastar 900 reais.
-Cobrar 400 reais por algo que custa 15, é ganhar 2.600% em cima de você.
Pausa para a reflexão 2: Imagino que você chegue nesse lugar, a pessoa olha pra você e diz: olha, vou assaltar você na cara dura, beleza? E você responde: Ok, vamos lá!
Me pergunto: por quê? Uma pessoa que coloca a arma na sua cara e pede seu relógio não é mais digna do que essa que estupra seu bolso sem pudores? Por que o ladrão você denuncia, e essa pessoa você além de não falar nada, pede para ela te roubar? Status? Você realmente tem tudo isso pra gastar? Você se diverte mais ali do que o cara vendo Leci Brandão num lugar simples?
São tantas perguntas, tantas indagações, e tenho apenas uma resposta: Existe um mundo mágico dentro dessa nossa realidade, e esse mundo não é nem de longe melhor que o nosso! Por que? Porque é bom sonhar, mas ter os pés no chão e enxergar a realidade é preciso! Ou não?
Posto minha experiência tentando estar desprovida de qualquer rótulo e preconceito. O que você achou da minha descoberta? Fique a vontade para QUALQUER comentário! Sem fotos por hoje!

domingo, 21 de outubro de 2007

Transporte público: solução ou repulsa?



Em meio a discussões sobre o impacto ambiental que o transporte privado causa, são sugeridas soluções como o uso do transporte coletivo (ônibus, metrô e trem) ou opções paliativas como bicicleta e outros veículos não motorizados.
A intenção é boa, contudo, falta estrutura. Apesar de o transporte público da cidade de São Paulo ser considerado um dos melhores do mundo, ainda está muito aquém da necessidade da população.
O metrô, por exemplo, recebe cerca de 1 milhão e 900 mil pessoas por dia; os ônibus, aproximadamente 8 milhões e 200 mil, e os trens, 1 milhão - isso sem contar as lotações e outros meios de transporte.
Somadas, chegariam perto dos 12 milhões!

Embora sejam muitas as pessoas atendidas, o número ainda não é suficiente. Diariamente, são registrados por volta de 120km de lentidão nas principais vias da capital nos horários de pico. E, com eles, os grandes problemas ambientais. Isso mostra que, mesmo tendo uma malha de transporte público vasta e de qualidade (se comparada a de outros países), a demanda é maior e não atende ao custo benefício.

Dou um exemplo: uma pessoa que mora na Zona Leste leva, em média, 2 horas e meia para chegar à Zona Sul da cidade. Tendo em vista que o dia tem 24 horas, 5 delas seriam gastas somente no percurso de ida e volta. Para um trabalhador que tem como horário de entrada em seu emprego às 8 horas da manhã, no mínimo seu dia começaria às 5h30min (isso sem contar o tempo de preparação para sair de casa).

Ora, se o transporte coletivo de São Paulo é caro e insuficiente, o que nos faria então, usufruir dele? Ou, o que poderíamos tomar como alternativa ao uso do transporte privado?

Deixo a pergunta a vocês, leitores...


Foto: Folha de São Paulo

Os dados são daCPTM, Metrô e SpTrans.

sábado, 20 de outubro de 2007

Identidade

Teve início na terça-feira (16) em Paris, a 34ª reunião da Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que a cada dois anos reúne todos os seus Estados membros. Com o intuito de provocar reflexões, orientar políticas de conduta e definir metas, a reunião segue até o dia 3 de novembro e conta com brasileiros para buscar conquistas.
Na edição passada do evento, celebrada também em Paris de 03 a 21 de outubro de 2005, foi abordada uma questão ainda em pauta e que pouco obteve mudanças. No documento que legitimou a “Convenção sobre a proteção e promoção da diversidade das expressões culturais” consta:


Afirmando que a diversidade cultural é uma característica essencial da humanidade,
Ciente de que a diversidade cultural constitui patrimônio comum da humanidade, a ser valorizado e cultivado em benefício de todos,
Sabendo que a diversidade cultural cria um mundo rico e variado que aumenta a gama de possibilidades e nutre as capacidades e valores humanos, constituindo, assim, um dos principais motores do desenvolvimento sustentável das comunidades, povos e nações,
Recordando que a diversidade cultural, ao florescer em um ambiente de democracia, tolerância, justiça social e mútuo respeito entre povos e culturas, é indispensável para a paz e a segurança no plano local, nacional e internacional, Celebrando a importância da diversidade cultural para a plena realização dos direitos humanos e das liberdades fundamentais proclamados na Declaração Universal dos Direitos do Homem e outros instrumentos universalmente reconhecidos, (...)".


Passados muitos andos, endos e indos, o documento dispõe suas conclusões. Convém incitar se muito se fez, ou sentiu, acerca desse assunto.


- Os povos buscam manter suas características originais ou estão cada vez mais tentando fundirem-se a uma cultura dominante?


- Se não buscam, ao menos tentam resistir a um movimento homogeneizante?


Foto: Luciana Cattani e Gabriel Boieras.


Esse post continua na próxima quinta-feira (26).

É doce, mas o preço é salgado!

Um resort no Sri Lanka criou uma sobremesa especial. É uma cassata italiana de folha dourada com Irish cream, servida com compota de manga e, romã e com calda de Sabayon de Champagne (sobremesa francesa feita de gema de ovo batida).
É decorada com uma escultura de chocolate que representa um pescador se agarrando numa palafita (antiga forma de pesca local), além de uma água marinha (pedra preciosa de 80 quilates).


O mais surpreendedor é o preço: míseros 29 mil reais!


Segundo o gerente de relações públicas do hotel, a sobremesa – nomeada de “A Indulgência Elevada do Pescador” – é um doce criado para ser único. E é justamente isso que é. Já pode ser considerada a sobremesa mais cara do mundo, segundo o Guiness Book.
Ok! Não há de se negar que o doce aparenta ser gostoso. Contudo, nos coloquemos a refletir (talvez até a viajar um pouco).


No Brasil, um trabalhador que tenha como renda o salário mínimo, gasta R$194,34 para ususfruir de uma cesta básica. Deste modo, deve trabalhar, em média, 112 horas. Se este mesmo trabalhador resolvesse comer uma dessas sobremesas, deveria poupar cerca de 149 cestas básicas, ou seja, deixaria de fazer suas refeições essenciais em, pelo menos, 1 ano (considerando que a família consuma somente uma cesta básica ao mês).


Por outro lado, se uma pessoa de classe média-alta quisesse usufruir desse “doce de luxo”, somente perderia a oportunidade de doar essas cestas básicas e assegurar o alimento essencial de 149 famílias.


E você, quanto pagaria por essa sobremesa?


Fonte: foto e informações do Planeta Bizarro (globo.com)

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Por que não?

De 25 a 28 de Novembro acontecerá o 2º Congresso Internacional de Controle do Câncer no Rio de Janeiro. Cientistas, médicos e pesquisadores se encontrarão para discutir sobre o assunto e encontrar soluções para a doença.


- Como estimou-se, no ano de 2006 ocorreriam 472.050 novos casos no Brasil e os tumores infantis deveriam corresponder a um valor que variaria de 4.700 a 19.000 destes.


- Mesmo havendo melhoras na qualidade dos tratamentos – houve uma queda de aproximadamente 35% da taxa de mortalidade – o câncer é invariavelmente fatal, sendo a terceira ( e, em algumas regiões, a segunda) causa de morte entre 1 e 15 anos no país. A incidência vem aumentando desde a década de 70 (6,1% em 15 anos) e hoje a taxa geral de cura é de 70%.


Algumas medidas implementadas na Política Nacional de Transplantes de Medula Óssea ocasionaram no crescimento do número de doadores ao longo dos últimos anos. Em 2004 havia cerca de 80.000 doadores cadastrados; em 2006 tal marca era de 342.453 doadores, dos quais 24.005 eram só do estado de Minas Gerais – com o maior número de cadastros e quase 10 mil a mais do que o segundo colocado. A chance de encontrar uma medula compatível pode chegar a uma em cem mil.


Por que não?



Para mais informações acesse:


http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=64

http://www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=489

http://www.gacc.com.br/



"Sorrir / Quando a dor te torturar / E a saudade atormentar / Os teus dias tristonhos, vazios / Sorrir / Quanto tudo terminar / Quando nada mais restar / Do teu sonho encantador” (“Sorrir”, Djavan)

Nos cabe julgar?

“Uma operação policial na favela da Coréia, em Senador Camará (zona oeste do Rio), deixou 12 pessoas mortas nesta quarta-feira, segundo informações do governo do Estado. Entre os mortos estão uma criança de 4 anos e um policial civil. As outras vítimas seriam traficantes que entraram em confronto com a polícia”.
Fonte: Folha Online


Essas operações são comuns nas favelas de São Paulo e, principalmente, do Rio de Janeiro. Mas agora isso está em evidência na mídia e fora dela.


Participaram da operação quase 300 policiais, e de acordo com a Secretaria de Segurança Pública, apenas onze pessoas foram presas. Mas, além disso, foram apreendidas várias armas (fuzis, granadas, pistolas e uma metralhadora), além de celulares, rádios, drogas e munição.


Como grande parte das operações, o objetivo era de prender os criminosos, traficantes e recolher as armas que chegam à favela. Porém, essas ações sempre deixam feridas e/ou mortas pessoas que não tem nada a ver com essa ‘briga’. Nesse caso, um menino de quatro anos foi atingido e morreu a caminho do hospital.


Aí está a diferença de ‘ação e reação’. Nesse caso a população não vai gritar pelo direito do menino da favela? Qual a diferença entre ele e os garotos de classe média ou alta? Creio que a diferença esteja no dia-a-dia! Isso acontece sempre, não é novidade pessoas morrendo diariamente nas favelas, seja pela mão de bandidos ou policiais.




- As áreas em torno das favelas do Rio tiveram um salto nas estatísticas sobre a violência em 2007.
- De acordo com o Instituto de Segurança Pública, foram 91 assassinatos e 111 mortes com alegação de resistência (mortos pelo corpo policial).
- Esses dados são baseados entre janeiro e agosto de 2007 e mostram que houve mais mortes nas ações policiais e não nas criminosas.
- As estatísticas sugerem o AUMENTO de homicídios no Estado do Rio de Janeiro.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

Eleição célebre!

A próxima eleição virou palco de candidatos famosos. Celebridades resolveram entrar no mundo político para disputar as eleições municipais de 2008. Podemos escalar no time dos famosos que se filiaram a um partido personalidades como: o estilista Ronaldo Ésper, o apresentador Sérgio Mallandro, o ex-jogador Viola, o cantor Rafael Ilha, a modelo Renata Banhara, a ex-vedete e jurada Marly Marley, a apresentadora Cristina Rocha, a cantora Gretchen e o empresário Oscar Maroni.

Duas vertentes norteiam essa questão: primeiro o oportunismo dos famosos candidatos artistas, que optam pela política quando a carreira não vai bem, a fim de ter espaço na mídia, aproveitando-se da fama para conseguir votos. E os partidos que se aproveitam das celebridades para conseguirem votos e também puxar votos para candidatos desconhecidos do mesmo.

Há certo preconceito em relação à candidatura de famosos. A maioria das pessoas associam suas opções pela vida pública de uma forma negativa. Acho que é uma questão muito polêmica e contraditória, pois ao mesmo tempo em que remetemos às razões colocadas no parágrafo acima, é significativo considerar que o espetáculo de escândalos e corrupções que vemos em Brasília todos os dias, são frutos de pessoas que não são celebridades.

Nessa linha de raciocínio, podemos considerar que não é a profissão do candidato que fará dele um melhor ou pior político. Temos o Congresso que merecemos, não adianta sermos passivos ao que acontece em Brasília e reclamarmos das péssimas atividades parlamentares exercidas pelos nossos políticos. Para melhorar os candidatos depende da melhoria dos próprios eleitores.

Portanto, deixo aqui uma pergunta:
O eleitor brasileiro, cansado de ver seu voto desperdiçado, deve ver essas opções como uma saída?

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Brasil, o país do futebol?

Mais uma semana começando, e como toda segunda, aqui estou eu.
Como prometi ontem, postarei algo diferente do que tem sido visto aqui, mas a respeito de um assunto que eu sou apaixonada: futebol.

Uma pesquisa CNT/Sensus que foi divulgada hoje, trás o ranking das maiores torcidas do Brasil. O que já era de se esperar, em primeiro lugar está o Flamengo, com 14,4% dos torcedores do Brasil. A segunda posição, também já esperada, ficou com o Corinthians, com 10,5% dos votos. O São Paulo aparece em terceiro lugar, com 8%, e o Palmeiras, em quarto, com 7,2%.

A pesquisa também mostrou que a maioria dos entrevistados, 51,9% gostam de futebol, enquanto 32% não gostam e nem acompanham o esporte. Foram entrevistadas 2 mil pessoas, entre os dias 8 e 11 de outubro, em 136 municípios, nas cinco regiões do País.

Meu post de hoje não vai trazer nenhuma polêmica, e nem uma reflexão mais séria sobre o assunto. O que quero deixar aqui são três perguntas:

Você gosta de futebol?

Que time você torce?

Por que o brasileiro gosta tanto desse esporte?

"Futebol é a essência da alma brasileira. Tem Capoeira, tem malandragem, tem meio tom, tem sabedoria, tem Chorinho, tem Samba, tem vela, tem tudo." Aldemir Martins, pintor.

domingo, 14 de outubro de 2007

Muita coisa deve mudar.

Estava procurando algo diferente para postar, pois esse blog está ficando meio político e sério demais. Nossa proposta é trazer a reflexão, mas ela não existe apenas em questões políticas. Enfim, na busca de algo diferente para postar, encontrei uma matéria que me fez mudar de idéia. Meu primeiro post no blog foi elogiando o tratamento contra os sintomas da AIDS que o Brasil proporciona. Mas uma matéria na Folha Online do dia 12 de outubro diz o seguinte:

O Brasil é o 91º colocado numa lista de 171 países analisados pelos seus indicadores de risco de mortalidade materna. Uma em cada 370 brasileiras corre o risco de morrer devido a complicações na gravidez ou no parto, revelou um relatório divulgado nesta sexta-feira dos órgãos OMS (Organização Mundial da Saúde), Unicef, Fundo de População das Nações Unidas e Banco Mundial. Para se ter uma idéia, o primeiro país da lista é a Irlanda, onde o risco de morte materna ronda apenas uma em cada 47 mil mulheres.

Isso deixa claro que nosso sistema de saúde, ainda é precário, mesmo tendo programas tão evoluídos como o de tratamento contra a AIDS. Políticas de saúde devem ser revistas, e o acesso aos tratamento pré-natais deve ser para todas. O número de mortes entre as grávidas é muito alto, e algo deve se fazer a respeito. E esse não é o único problema que nosso sistema de saúde tem.

A prorrogação da CPMF até 2011 foi aprovada na Câmara dos Deputados essa semana e está sendo encaminhada para o Senado. Originalmente ela foi criada para atender as demandas da saúde. O que você, eu, e todos podemos fazer para cobrar isso? A saúde pede, isso não é atendido. Será que nós podemos fazer algo?
Prometo um próximo post diferente!

Culpa de quem?

Há muito tempo a tragédia humana é motivo de espetáculo, e os meios de comunicação colaboram para saciar esse estranho interesse das pessoas frente aos fatos de natureza violenta. Está mais que provado o quanto a violência, seja ela real ou interpretada, tem o poder de atrair atenções e despertar a curiosidade de muitos.




Foto: Renata Di Giaimo


A mídia, que deveria ser uma forma de inclusão para a população, além de divulgar os fatos de grande importância, está deixando esse papel em segundo plano para adotar um outro sentido como prioridade. E esse novo sentido é a busca pela audiência, não mais pelo bem comum e o bom funcionamento das instituições.


A princípio, o meio de comunicação é imprescindível para o cidadão. É modelado pela sociedade que utiliza essa informação diariamente e deve(ria) conter tudo àquilo de grande importância e interesse comum. Além disso, falta um caráter de motivação para o indivíduo no qual o foco da notícia é direcionado, ou seja, são poucos aqueles que realmente se importam com o conteúdo da notícia, a forma com que ela é divulgada. Talvez por falta de informação, talvez por falta de tempo.


Devo ressaltar, portanto, que a sociedade deve estar alerta para saber diferenciar as noticias relevantes e divulgadas de forma ‘correta’. Todo esse potencial que temos em mãos deve ser utilizado para melhorias em torno da cidadania, justiça, enfim, exercer o papel de reforçar e garantir nossa história.


"A não-violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens." (Thomas Edison)


Essa caracterização de colocar a 'culpa na mídia' não será apenas uma fuga das verdadeiras causas desse problema?

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Acabou a palhaçada no Senado?


Bom, como não poderia deixar de ser, hoje vou falar de um assunto que “está na boca do povo” e, que desta mesma forma indigna uns, preocupa outros e ao menos alivia os demais.
Numa espécie de “O que é, o que é?” vou colocar números e peço que tentem adivinhar qual é o caso. (garanto que essa tarefa não vai ser nada complicada!)

- 140 dias de paralisia;
- 5 meses de crise;
- alguns milhares de reais (do dinheiro público) gastos com despesas pessoais;
- infinitas mentiras, brigas, trapaças;
- permanente confusão;
- e, finalmente, 45 dias de licenciamento.

Já dá pra saber do que eu estou falando, não é?
Muito bem! Chegou a hora a que muitos esperavam: o afastamento de Renan Calheiros.
Na última quinta-feira (11/10), o excelentíssimo presidente do Senado resolveu pedir licença do cargo a fim de evitar maiores constrangimentos na casa. Em pronunciamento exibido pela TV Senado, Renan diz:
“Com este meu gesto, que é unilateral, preservo a harmonia do Senado, deixo claro o meu respeito pelos interesses do país e homenageio, sem dúvida, as altas responsabilidades das funções que exerço, contribuindo decisivamente para evitar a repetição dos constrangimentos ocorridos na sessão de 9 de outubro"
Piada né?
Constrangimento foi o que mais vimos no Senado até agora! E é utopia pensar que vai acabar só porque o presidente das falcatruas resolveu se afastar por 45 dias!
Pode ser que o desgaste do Senado amenize e os parlamentares voltem a “trabalhar”, mas o resto continuará na mesma. A verdade é que num mundo individualista, cada um permanece estável até onde lhe é conveniente.
A meu ver, o afastamento de Renan é mais favorável a ele do que a nós. Ficaria difícil ser julgado num lugar onde a maioria é contra você, e pior, num espaço propício a surgirem novas acusações.

Tira a pedra do caminho
Serve mais um vinho
Bota vento no moinho
Bota pra correr
Bota força nessa coisa
Que se a coisa pára
A gente fica cara a cara
Cara a cara cara a cara
Bota lenha na fornalha
Põe fogo na palha
Bota fogo na batalha
Bota pra ferver
Bota força nessa coisa
Que se a coisa pára
A gente fica cara a cara
Cara a cara cara a cara
(Chico Buarque – Cara a Cara)


Será que acabou mesmo a palhaçada?

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Ditadura democrática das idéias

Háa.. a vida é mesmo engraçada. Estava há dias pensando no porquê de as coisas no Brasil não darem certo - se hoje parece que existem mais pessoas engajadas a mudar tudo o que aqui dá errado - quando o assunto da semana surgiu: Luciano Huck fora assaltado e fez um desabafo em uma coluna na Folha de São Paulo . Esta, por sua vez, repercutiu mais ainda ao dar espaço a opiniões de famosos e gente indignada com o que o apresentador escreveu.
Só tive a oportunidade de ler a referida coluna no exato momento, e parece-me que esta uniu meus pensamentos, todos confusos e vagantes. Hoje não explicitarei meu ponto de vista com estatísticas de propósito e por dois motivos: primeiro porque no post abaixo já constam dados suficientes sobre violência; e segundo porque quero mostrar a seqüência de fatos que falam, por si só, e mais que qualquer número, que a ocorrência de tais fatos definitivamente “não está certo”.
A começar por um filme que, antes de sua estréia, já havia sido pirateado e cujo tema explicita a violência recorrente no Brasil. Seguem-se o assalto ao apresentador e o lançamento da revista da Mônica Veloso – sucesso de vendas. Contudo, o que mais me impressionou foi o estrondoso número de críticas pejorativas que Huck levou. E porque? Porque se indignou com o que aconteceu com ele!
Este, infelizmente, não é um fato isolado. Ultimamente, todos que tentam abrir a boca para elucidar suas idéias levam chumbo. Certos ou errados, isso não vem ao caso. Não cabe julgar ou acatar suas opiniões, mas também não cabe desmoralizar todos aquele que tentam fazer algo para mudar a situação caótica em que se encontra o país. Estamos vivendo uma ditadura democrática das idéias, na qual não é permitido revoltar-se e os próprios fiscais de sua efetividade somos nós.

Já havia pensado que não há graça em um gritar “cansei” e outro responder “peidei” – se o primeiro se referia a uma questão not so funny! -, quando li o desabafo na coluna. Uma frase em particular destacou-se e toma o mérito por toda essa iniciativa: “Pensando, cansado ou peidando, hoje posso dizer que sou parte das estatísticas da violência em São Paulo”.
Somos todos estatísticas... e todos temos o direito de nos expressar, revoltar, instigar... Julgar e criticar, na nossa situação, só nos causará mais mal. Ter razão, na atual conjuntura, não é lá tão relevante... provocar mudanças o é! E há tempos...
Há tempos precisa-se provocar, como a Melissa, a Bárbara, a Renata e a Patrícia fizeram... Concordando ou não com suas opiniões, devemos, no mínimo, respeita-las. Assim como ao Huck, ao João Dória Jr. e a todos que quiserem fazer algo por nós. Deixemo-nos nos ajudar!

“O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons.” (Martin Luther King)

O que, afinal, te preocupa?

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Projetos para combater a violência em São Paulo

Violência: um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia.



Foto: Campanha das Nações Unidas contra violência e drogas


A violência nos países como o Brasil, onde há graves desigualdades sociais, econômicas, além de furos nos sistemas políticos é muito comum. Embora a forma mais evidente de violência seja física, são englobadas na chamada “violência urbana” variações como política, casos domésticos, assaltos, abuso infantil, entre outros. Considera-se uma expressão referente ao fenômeno social de um comportamento agressivo e ocorre em função do convívio urbano. É determinada por valores culturais, sociais, econômicos, políticos e morais da sociedade.


As causas da violência podem ser explicadas por uma tendência biológica, ligada às determinações da natureza humana, ou seja, o instinto de sobrevivência. “Já é tempo de a sociedade brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo”, afirma no livro “Acorda Brasil”, o professor e especialista em sociologia Valvim M. Dutra.


No Brasil, o principal erro é o desrespeito conseqüente de relacionamentos conjugais e afrontamentos sociais ou econômicos. “As principais causas da violência no mundo são causadas pelo desrespeito, crises de raiva, prepotência e funciona como último recurso para estabelecer o que é justo, além de tentar consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar”, conclui Dutra.
O Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV/USP) busca analisar e solucionar problemas em relação à violência, além pesquisas acadêmicas, luta por um diálogo entre as entidades governamentais e civis, buscando soluções concretas. O NEV/USP, em conjunto da sociedade e do governo, lançou a proposta de criação do Instituto São Paulo contra a violência (ISPCV), formado pelas principais entidades empresariais de São Paulo, que implantou o Disque - Denúncia.


O governo possui projetos para diminuir as explorações econômicas, dar acesso aos meios de comunicação e ao sistema educacional a todos. Temos projetos como Escola da Família, Abrace seu Bairro, Bolsa Escola. Esses, e outros projetos que contribuem para a diminuição da marginalidade. “O Bolsa Escola reduz o problema da violência, que pode ser visto por todos hoje, porém, deveria haver outras empresas para ajudar nessa redução, já que esse projeto, sozinho, não basta.”, afirma a Secretária Municipal de Assistência Social, Antônia D. Marcelino.


A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo divulgou que o índice de violência vem caindo há dois anos, desde que foi implantado o programa Escola da Família, que abre as escolas nos fins de semana para toda comunidade e promove atividades culturais, esportivas, orientações de saúde; as pesquisas da Secretaria constataram que as ocorrências contra o patrimônio e às pessoas dentro das escolas caíram 39,5%, redução de 46,5% nas agressões físicas e 81% no porte de drogas.



Dados estatísticos
Fonte: UNESCO

- a cada 13 minutos um brasileiro é assassinado;
- a cada 7 horas uma pessoa é vítima de acidente com arma de fogo no Brasil;
- no Brasil, por ano, morrem cerca de 25 mil pessoas vítimas do trânsito e 45 mil morrem de armas de fogo;
- em São Paulo, quase 60% dos homicídios são cometidos por pessoas sem histórico criminal e por motivos fúteis.


E para você, esses dados bastam?

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Diversão V.I.P



Caros amigos,


Faltam 12 dias para o tão esperado GP Brasil de Fórmula 1. Para quem ainda não teve a oportunidade de comprar seu ingresso, aproveite! Ontem foi colocado a venda um novo lote de ingressos por apenas R$ 1.775,00 (para dois dias) ou R$ 1.865,00 (três dias) no setor “E” e, melhor que isso, R$ 1.215,00 (dois dias) ou R$ 1.390,00 (três dias) no setor “V”.

Fazendo um paralelo com o salário mínimo, uma pessoa que tem rendimento atrelado a este valor, precisa trabalhar uma média de 4 meses para ter a oportunidade de assistir ao tão desejado evento, afinal, carro é uma das paixões dos brasileiros. (Claro que SÓ 4 meses, se ele abdicar do seu lar e de suas contas mensais.)

Levando em consideração que quase 40 milhões* de brasileiros ganham um salário mínimo, podemos perceber, mais uma vez, a disparidade econômica se refletindo e a diversão ficando nas mãos de poucos. O brasileiro parece fechar os olhos e não se incomodar com essa desigualdade, é passivo a essa situação, afinal, os ingressos estão se esgotando.

Quanto vale a sua consciência?


* dado do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

Eu literalmente devo ter cara de babaca!

Oi pessoal. Hoje não é meu dia de postar, mas tem uma coisa que tomou conta de todos os sites essa tarde que eu não posso deixar de comentar aqui, pois me tirou a atenção durante muito tempo.


Mônica Veloso vende 10 revistas por hora em banca do Congresso. Em cerca de quatro horas, 40 edições da 'Playboy' de outubro foram vendidas, apenas no primeiro dia de publicação.







A GENTE AQUI INDIGNADO COM A COVARDIA DO SENADO E CIA. , DESACREDITADO DA POLÍTICA BRASILEIRA, MAS SEMPRE LUTANDO, NÃO PERDENDO A ESPERANÇA. E O QUE ELES LÁ ESTÃO FAZENDO? CONFERINDO SE A MINA QUE O SENADOR COMEU É GOSTOSA! Sabe aquela, que desencadeou todo o processo palhaçada, que não deu em nada contra ele?! É com a bunda dela que eles estão preocupados hoje! Não perco mais 1 linha do meu blog para expressar qualquer opinião sobre nossa situação política! A imagem fala por si própria.



"É, a gente não tem cara de panaca
a gente não tem jeito de babaca
a gente não esta com a bunda exposta na janela
pra passar a mão nela"
(Gonzaguinha, É)


Será que eles pensam assim?

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Estranho? Ou consequências da evolução?!

Um fenômeno estranho aconteceu neste fim de semana: O filme Tropa de Elite, que estreou na sexta somente em São Paulo e Rio, levou aos cinemas cerca de 180 mil espectadores no seu primeiro fim de semana. Foram 140 cópias exibidas em 171 salas, o que dá uma média de 1.052 espectadores por sala. Considerando essa média, foi o melhor final de semana de estréia de filme nacional neste ano, nos dois mercados principais do país.

Mas o curioso, e que todos vocês já sabem, é que o filme teve sua estréia antecipada devido à pirataria. Antes de sua estréia no cinema, ele já havia sido visto por 19% dos paulistanos, segundo pesquisa do Datafolha realizada no dia 4 de outubro. Segundo uma projeção, isso significa que 1,5 milhão de pessoas. Especialistas acham que esse número deve ser muito maior no Rio de Janeiro, pelo filme se passar na cidade.

Muitos lutam contra a pirataria afirmando que ela tira todos os direitos que o artista têm. Como alguém se acha no direito de copiar uma obra gratuitamente, ou vendê-la, e os responsáveis por ela não lucram com nada. Eu concordo com essa afirmativa, mas não há dúvidas que as políticas relacionadas à indústria fonográfica e cinematográfica devem ser revisadas.

Como leiga no assunto, uma pessoa desprovida de qualquer embasamento teórico para uma discussão profunda, deixo apenas minha opinião: muito dinheiro rola por trás dessas indústrias, o que as tornam muitas vezes inacessíveis não apenas ao povão, mas a universitários que recebem um salário simbólico em seus estágios, ou donas de casa desesperadas com o orçamento. A pirataria é uma forma de acesso à essas pessoas - e a alguns preguiçosos também - ao cinema, a música e outras coisas. Outro aspecto que não pode ser mais negado é que a tecnologia está abrindo portas para isso, e esse mercado deve se adadpar a ela, para que ambos os lados saiam lucrando. Vocês não acham que está na hora de reduscutir esse assunto e tomar medidas efetivas?

Finalizando, o filme Tropa de Elite mostrou, apenas em seu fim de semana de estréia, que a tecnologia pode ser uma grande aliada para o sucesso da indústria cinematográfica. O que ocorreu com o filme, se esse mercado já estivesse procurando formas de se adaptar, poderia não ser visto como pirataria, poderia, de repente, nem ter sido pirateado. Acabou sendo uma publicidade, e não uma pedra no caminho do sucesso.


A tecnologia está aí, e o mundo deve se adaptar, em vez de fazer uma caça às bruxas. Até quando fecharemos os olhos para a verdade?



domingo, 7 de outubro de 2007

A incessante busca pela audiência

Nos últimos tempos a mídia parece não ter dado muita importância para a qualidade de seus programas, visando educar e informar a sociedade, e sim, dão prioridade para a audiência.


Assim, as emissoras produzirão apenas o que mais atrai o público, a busca pelo entretenimento, com vista no crescimento da audiência.


A valorização de programas apelativos como reality shows e alguns programas de auditório crescem cada vez mais. Casos polêmicos que estão na mídia atualmente é o polêmico reality show estreado pelo canal de televisão americano CBS, "Kid Nation", protagonizado por 40 crianças em um deserto do Novo México. E o caso da Gisele Itié, atriz da Globo, que teve traumatismo craniano por conta de uma queda no quadro " Dança no gelo" do programa do Faustão.


Na minha opinião o problema maior é a falta de respeito e exploração que certos apresentadores/as e programas fazem expondo pessoas a situações perigosas e constragedoras, a fim de obter audiência.


Até onde vai a busca pela audiência?

sábado, 6 de outubro de 2007

Depende de nós



  • No Brasil, 10% brasileiros mais pobres recebem 0,9% da renda do país, enquanto os 10% mais ricos ficam com 47,2%.



  • 80% da riqueza mundial está nas mãos de 15% dos mais ricos;



  • 15% das crianças brasileiras vivem sem condições sanitárias básicas.



  • 12 crianças do planeta enfrenta as piores formas de exploração no trabalho, revelou um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), divulgado em Londres em fevereiro de 2005.


  • A cada sete segundos, morre uma criança de fome. Documento-base da Campanha da Fraternidade de 2005


Vista pelos olhos da vasta maioria das pessoas, vivemos em mundo injusto.
Mas o que fazemos toda vez que nos deparamos diante de notícias como escândalos de políticos, corrupção, violência, desigualdade...?
Ficamos indignados, reclamamos, mas não fazemos nada para mudar. A nossa postura em relação ao mundo atual é de conformidade, nos rendemos a uma pressão social, somos influenciados e construimos uma opinião pública a respeito de problemas sociais. A meu ver, é fundamental mudar primeiro as coisas simples e que fazem parte do nosso dia-a-dia. Se cada um fizer sua parte, doar um pouco de si, já é um passo em busca de um Universo Melhor.

Faça a diferença!!! Seja UM no meio de todos.

Por que será que o ser humano é tão conformista?

"Eu prefiro ser esta metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo". Raul Seixas

"O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença." Luís Fernando Veríssimo

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Quanto tempo será que ainda conseguiremos consumir o "básico"?

O preço da cesta básica mais uma vez aumentou de peso no bolso do brasileiro em 14 capitais, segundo o Dieese. Em relação ao mês passado, apenas 2 capitais registraram queda no custo dos gêneros alimentícios de primeira necessidade: João Pessoa (-4,36%) e Recife (-2,75%).

Neste nono mês, o óleo de soja ficou mais caro em 16 capitais, em especial, Belo Horizonte (7,24%), Goiânia (7,11%) e Porto Alegre (5,20%). O arroz, por sua vez, encareceu em 15 localidades pesquisadas, com destaque para Florianópolis (10,74%), Rio de Janeiro (9,34%), São Paulo (6,99%) e Belo Horizonte (6,80%).


Por último, a carne e o pão subiram em 13 capitais. No caso da carne, produto de maior peso na cesta básica, as maiores altas foram encontradas em Aracaju (10,63%), Belo Horizonte (8,72%) e Rio de Janeiro (6,05%). O pão subiu mais em Fortaleza (7,17%), Rio de Janeiro (3,14%) e Salvador (3,10%).

Mas, o que isso quer dizer?
Sendo bem realista, isso denota que cada vez mais podemos comprar menos.
E a situação se agrava à medida que a renda cai, é lógico.
Daqui um tempo será difícil comprar até os chamados "gêneros alimentícios de primeira necessidade".

Quanto tempo será que ele ainda poderá consumir esse "básico"? Será que ainda consome?



Foto: Patrícia Schiaveto




"A fome dos outros condena a civilização dos que não têm fome." (Dom Hélder Câmara)

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ponto pra nossa saúde.


Segundo a prefeitura de São Paulo, a taxa de mortalidade por AIDS vem registrando gradativa queda desde 2000. Neste ano, a taxa foi de 12,46 por cem mil habitantes, e em 2006, de 9,25. Esta queda está diretamente ligada à adoção da medicação com anti-retrovirais e à implementação da política nacional de distribuição gratuita destes medicamentos.


Trabalhando no Conselho Regional de Medicina de São Paulo, e acompanhando diariamente crises nos sistemas de saúde - que são inúmeras -, podemos considerar isso vitorioso, visto que nosso presidente diz e trata isso como um problema de saúde pública. A distribuição de remédios para tratar a aids é assegurada pela Lei nº 9.313/96. Mas, há um problema: segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 600 mil pessoas são portadoras do vírus HIV, mas apenas 180 mil recebem tratamento - menos de 1/3 dos infectados. Seria isso falta de informação, falta de educação ou falta de acesso? Ou de repente, todas essas pessoas sabem que tem direito ao tratamento, mas se negam a usá-lo, por preconceito, medo, ou até negação da doença?

Seja lá quais forem as causas, nesse caso, devemos bater palmas para a saúde pública brasileira.

"A maior riqueza é a saúde." (Ralph Waldo Emerson)



quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Em quem você acredita?

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo teve ‘queda’ para 15,6% no último mês de agosto – em julho a taxa era de 15,7% -, segundo os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED).


O contingente de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil, em última análise realizada em agosto, chega a 3,027 milhões; sendo que 1,531 milhões estão em São Paulo.


Nesse caso, acredito que falta muito que fazer para reverter esse quadro no Brasil. Mas além da atitude daqueles que elegemos para nos representar, precisamos ter consciência desses dados individualmente.


Há pequenas atitudes que podem ser tomadas para que possamos ser capazes de reverter esse quadro. A nossa maneira de enxergar o mundo é fruto do nosso jeito de pensar e agir, portanto, ao aceitarmos essa situação de braços cruzados, colaboramos para que ela seja cada vez pior.


Devo pensar que a cada momento sou capaz de renovar minhas perspectivas e formas de ver o mundo; capaz de modificar as coisas que julgo incorretas; capaz de não me acomodar com os absurdos que presencio ou ouço falar; enfim, sou capaz de modificar a minha vida e a de quem precisa. Acima de tudo sou capaz de acreditar nas pessoas, elas não podem ficar paradas.


"A responsabilidade de todos é o único caminho para a sobrevivência humana." Dalai Lama


"É injusto e imoral tentar fugir às conseqüências dos próprios atos. A natureza é inexorável, e vingar-se-á completamente de uma tal violação de suas leis." Ghandi


E você, ainda acredita?




Foto: Renata Di Giaimo

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Saga utópica de um Universo Melhor

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 191.791.000 pessoas habitam no Brasil. Ainda segundo o órgão, os objetivos do MILÊNIO são:

“Erradicar a extrema pobreza e fome
Universalizar a educação primária
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
Reduzir a mortalidade na infância
Melhorar a saúde materna
Combater o HIV/aids, a malária e outras doenças
Garantir a sustentabilidade ambiental
Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento”

“Isso está ficando melhor? Ou você sente o mesmo? Isso vai deixar as coisas mais fáceis, agora que você arrumou alguém para culpar?
Um amor, um sangue, uma vida, você deve fazer o que você acha que deve

Uma vida, com um ao outro: irmãs, irmãos
Uma vida, mas não somos iguais
Nós temos que nos cuidar um do outro
We get to carry each other, carry each other... One, one
Nos ajudar

UM
(One, U2)

Não há como explicitar melhor o que quero dizer que utilizando números. Detalhar um pensamento complexo como a saga utópica de tentar mudar o mundo seria, a meu ver, no mínimo injusto, pois cada um interpreta seu papel nesse todo de uma forma única. Mas devo questionar: se somos 6.470.124.827 habitantes do MESMO mundo, não há nada que alguém possa fazer? Ou melhor, por onde podemos começar?

Isso não acontece aqui?
"Espreitando a morte" é a fotografia com a qual o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto-jornalismo em 1994. Carter teria dito que esperou cerca de 20 minutos para que o urubu fosse embora, mas isto não aconteceu. Teria dito ainda :"Um homem ajustando suas lentes para tirar o melhor enquadramento de sofrimento dela talvez tambem seja um predador, outro urubu na cena." Quatro meses depois suicidou-se.
Taxa de mortalidade infantil no Brasil– 27,4 a cada mil nascidos vivos (2005).
Aos nossos caros de profissão, amigos, irmãos... UM!