domingo, 14 de outubro de 2007

Culpa de quem?

Há muito tempo a tragédia humana é motivo de espetáculo, e os meios de comunicação colaboram para saciar esse estranho interesse das pessoas frente aos fatos de natureza violenta. Está mais que provado o quanto a violência, seja ela real ou interpretada, tem o poder de atrair atenções e despertar a curiosidade de muitos.




Foto: Renata Di Giaimo


A mídia, que deveria ser uma forma de inclusão para a população, além de divulgar os fatos de grande importância, está deixando esse papel em segundo plano para adotar um outro sentido como prioridade. E esse novo sentido é a busca pela audiência, não mais pelo bem comum e o bom funcionamento das instituições.


A princípio, o meio de comunicação é imprescindível para o cidadão. É modelado pela sociedade que utiliza essa informação diariamente e deve(ria) conter tudo àquilo de grande importância e interesse comum. Além disso, falta um caráter de motivação para o indivíduo no qual o foco da notícia é direcionado, ou seja, são poucos aqueles que realmente se importam com o conteúdo da notícia, a forma com que ela é divulgada. Talvez por falta de informação, talvez por falta de tempo.


Devo ressaltar, portanto, que a sociedade deve estar alerta para saber diferenciar as noticias relevantes e divulgadas de forma ‘correta’. Todo esse potencial que temos em mãos deve ser utilizado para melhorias em torno da cidadania, justiça, enfim, exercer o papel de reforçar e garantir nossa história.


"A não-violência leva-nos aos mais altos conceitos de ética, o objetivo de toda evolução. Até pararmos de prejudicar todos os outros seres do planeta, nós continuaremos selvagens." (Thomas Edison)


Essa caracterização de colocar a 'culpa na mídia' não será apenas uma fuga das verdadeiras causas desse problema?

Um comentário:

Anônimo disse...

Na realidade Renata, a mídia tem um papel fundamental e vocês jornalistas podem ser a nova geração que mudarão o rumo de como as coisas estão caminhando.
Infelizmente a mídia tem dado muito valor ao ibope, as notícias ruins dão ibope, as boas não são percebidas.
O que acaba acontecendo é que dá uma impressão de que no mundo só existem coisas ruins, mortes, brigas, acidentes, assaltos, etc...
Eu acredito que temos muitas coisas boas acontecendo, só que a mídia tem pouco espaço para isso.
Está nas mãos de vocês jornalistas, levarem a boa notícia para uma população inteira, não se vendendo por notícias chulas.
Bom trabalho!!!
Juan