A pena de morte foi aplicada em praticamente todas as civilizações como forma de punição para os crimes cometidos. Atualmente, encontra-se numa esfera legal, onde o contexto sociológico é muito diferente.

Foto: humanidadedesumana.blogs.sapo.pt
Ainda que haja democracia e que seja nossa forma de governo, devemos perceber nossa realidade. Não há um corpo policial de inteira confiança, muito menos sob o controle total do Estado. Notícias sobre abuso de autoridade e mortes mal explicadas são diariamente divulgadas. Os próprios criminosos fazem suas leis tanto fora, quanto dentro das prisões e muitas vezes com ajuda de policiais.
Com base nesses fatos, podemos verificar que a implantação da pena de morte no Brasil, a princípio, não amenizará a insegurança da população, e provavelmente não terá poder para inibir os crimes.
As grandes desigualdades sociais e econômicas também devem ser levadas em conta, as classes dominantes têm privilégios que a maioria da população não tem. E essa maioria fica submetida à violência, à discriminação, à falta de educação, de cultura e de justiça.
Justamente nesse ponto verifica-se que a introdução da pena de morte no Brasil deve ser muito bem estudada. Do contrário, essas classes mais pobres podem sofrer conseqüências drásticas para aumentar sua insegurança e descrença com nossa instituição de poder.
Será que essa atitude não poderá acarretar graves conseqüências na forma de viver e pensar da população? Afinal, estaremos divulgando o desrespeito à vida e precisamos saber até que ponto isso vale a pena.
Continentes onde a pena de morte foi abolida:
- África do Sul - 13 países; (última execução em 1995, Libéria).
- Américas - 16 países; (última execução em 1977, Bermudas).
- Ásia - 10 países; (última execução em 2000, Filipinas).
- Europa: Durante os séculos XIX e XX todos os países europeus aboliram a pena de morte, com exceção da Bielo-Rússia e Rússia (embora, nesta última, exista uma moratória desde 1996).
- Oceania - Apesar de três países desse continente ainda reterem a legislação da pena de morte (Nauru, Papua-Nova Guiné e Tonga), nenhuma execução é realizada na Oceania desde 1982.
Ainda que o criminoso seja passível de punição, é justo o Estado tirar sua vida intencionalmente?
"Os atos contra a natureza engendram distúrbios contra a natureza”. (William Shakespeare)
2 comentários:
A frase do Shake diz tudo.
Buscar a paz pela violência é o mesmo que buscar a virgindade com o sexo!
Pena de morte não dá...
Beijos!
não existe alguém ou "alguéns" decidirem sobre a vida de outra pessoa, se ela merece ou não VIVER!
se isso já é inadimissível, imagina praticar tal ato!
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