sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Acabou a palhaçada no Senado?


Bom, como não poderia deixar de ser, hoje vou falar de um assunto que “está na boca do povo” e, que desta mesma forma indigna uns, preocupa outros e ao menos alivia os demais.
Numa espécie de “O que é, o que é?” vou colocar números e peço que tentem adivinhar qual é o caso. (garanto que essa tarefa não vai ser nada complicada!)

- 140 dias de paralisia;
- 5 meses de crise;
- alguns milhares de reais (do dinheiro público) gastos com despesas pessoais;
- infinitas mentiras, brigas, trapaças;
- permanente confusão;
- e, finalmente, 45 dias de licenciamento.

Já dá pra saber do que eu estou falando, não é?
Muito bem! Chegou a hora a que muitos esperavam: o afastamento de Renan Calheiros.
Na última quinta-feira (11/10), o excelentíssimo presidente do Senado resolveu pedir licença do cargo a fim de evitar maiores constrangimentos na casa. Em pronunciamento exibido pela TV Senado, Renan diz:
“Com este meu gesto, que é unilateral, preservo a harmonia do Senado, deixo claro o meu respeito pelos interesses do país e homenageio, sem dúvida, as altas responsabilidades das funções que exerço, contribuindo decisivamente para evitar a repetição dos constrangimentos ocorridos na sessão de 9 de outubro"
Piada né?
Constrangimento foi o que mais vimos no Senado até agora! E é utopia pensar que vai acabar só porque o presidente das falcatruas resolveu se afastar por 45 dias!
Pode ser que o desgaste do Senado amenize e os parlamentares voltem a “trabalhar”, mas o resto continuará na mesma. A verdade é que num mundo individualista, cada um permanece estável até onde lhe é conveniente.
A meu ver, o afastamento de Renan é mais favorável a ele do que a nós. Ficaria difícil ser julgado num lugar onde a maioria é contra você, e pior, num espaço propício a surgirem novas acusações.

Tira a pedra do caminho
Serve mais um vinho
Bota vento no moinho
Bota pra correr
Bota força nessa coisa
Que se a coisa pára
A gente fica cara a cara
Cara a cara cara a cara
Bota lenha na fornalha
Põe fogo na palha
Bota fogo na batalha
Bota pra ferver
Bota força nessa coisa
Que se a coisa pára
A gente fica cara a cara
Cara a cara cara a cara
(Chico Buarque – Cara a Cara)


Será que acabou mesmo a palhaçada?

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