quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Projetos para combater a violência em São Paulo

Violência: um comportamento que causa dano a outra pessoa, ser vivo ou objeto. Nega-se autonomia, integridade física ou psicológica e mesmo a vida de outro. É o uso excessivo de força, além do necessário ou esperado. O termo deriva do latim violentia.



Foto: Campanha das Nações Unidas contra violência e drogas


A violência nos países como o Brasil, onde há graves desigualdades sociais, econômicas, além de furos nos sistemas políticos é muito comum. Embora a forma mais evidente de violência seja física, são englobadas na chamada “violência urbana” variações como política, casos domésticos, assaltos, abuso infantil, entre outros. Considera-se uma expressão referente ao fenômeno social de um comportamento agressivo e ocorre em função do convívio urbano. É determinada por valores culturais, sociais, econômicos, políticos e morais da sociedade.


As causas da violência podem ser explicadas por uma tendência biológica, ligada às determinações da natureza humana, ou seja, o instinto de sobrevivência. “Já é tempo de a sociedade brasileira se conscientizar de que, violência não é ação. Violência é, na verdade, reação. O ser humano não comete violência sem motivo”, afirma no livro “Acorda Brasil”, o professor e especialista em sociologia Valvim M. Dutra.


No Brasil, o principal erro é o desrespeito conseqüente de relacionamentos conjugais e afrontamentos sociais ou econômicos. “As principais causas da violência no mundo são causadas pelo desrespeito, crises de raiva, prepotência e funciona como último recurso para estabelecer o que é justo, além de tentar consertar o que o diálogo não foi capaz de solucionar”, conclui Dutra.
O Núcleo de Estudos da Violência da USP (NEV/USP) busca analisar e solucionar problemas em relação à violência, além pesquisas acadêmicas, luta por um diálogo entre as entidades governamentais e civis, buscando soluções concretas. O NEV/USP, em conjunto da sociedade e do governo, lançou a proposta de criação do Instituto São Paulo contra a violência (ISPCV), formado pelas principais entidades empresariais de São Paulo, que implantou o Disque - Denúncia.


O governo possui projetos para diminuir as explorações econômicas, dar acesso aos meios de comunicação e ao sistema educacional a todos. Temos projetos como Escola da Família, Abrace seu Bairro, Bolsa Escola. Esses, e outros projetos que contribuem para a diminuição da marginalidade. “O Bolsa Escola reduz o problema da violência, que pode ser visto por todos hoje, porém, deveria haver outras empresas para ajudar nessa redução, já que esse projeto, sozinho, não basta.”, afirma a Secretária Municipal de Assistência Social, Antônia D. Marcelino.


A Secretaria de Estado da Educação de São Paulo divulgou que o índice de violência vem caindo há dois anos, desde que foi implantado o programa Escola da Família, que abre as escolas nos fins de semana para toda comunidade e promove atividades culturais, esportivas, orientações de saúde; as pesquisas da Secretaria constataram que as ocorrências contra o patrimônio e às pessoas dentro das escolas caíram 39,5%, redução de 46,5% nas agressões físicas e 81% no porte de drogas.



Dados estatísticos
Fonte: UNESCO

- a cada 13 minutos um brasileiro é assassinado;
- a cada 7 horas uma pessoa é vítima de acidente com arma de fogo no Brasil;
- no Brasil, por ano, morrem cerca de 25 mil pessoas vítimas do trânsito e 45 mil morrem de armas de fogo;
- em São Paulo, quase 60% dos homicídios são cometidos por pessoas sem histórico criminal e por motivos fúteis.


E para você, esses dados bastam?

4 comentários:

Nathália Fuzaro disse...

Para mim, esses dados bastam para mostrar que violência não é uma teoria, mas sim uma prática. Não é só algo que acontece com o vizinho - nunca com a gente-, e um assunto feito para encher os noticiários. Mais paciência, menos orgulho... mais racionalidade, menos passion!

Anônimo disse...

pra mim violência é reação, a partir do momento que a pessoa que comete esse tipo de ato é um ser que não consegue controlar seus instintos.
Mesmo assim, nunca isso será justificável. É por isso que somos civilizados e temos cérebro!

Anônimo disse...

Todos gostariam de ter uma chance na vida. Os programas sociais estão aí para ajudar, mas não é a solução, é apenas um meio para diminuir a fome e a miséria.
É lógico que no meio dessa trajetória toda, temos um político que leva aqui, outro ali e não é só o político que leva, também temos uma população que mente para levar vantagens. Mas o importante é que o fundamento dos programas sociais são bons.
Vale lembrar que a saída para tudo isso, está na EDUCAÇÃO. O não saber (ou não pensar), leva o indivíduo a cometer roubos, assaltos, pq quem o adota é o traficante e daí a violência é gerada.
Paulo Roberto

Anônimo disse...

Violência é uma agressão a todos, parece estranho tudo se voltar para a classe média e alta.
Quando fechamos os olhos para a população carente e não damos a atenção devida, estamos contribuindo para a violência a que chegamos.
Além dos projetos sociais, os políticos deveriam pensar em dar condições às empresas para que contrate funcionários e dê dignidade e condições para nossa população.
As famílias precisam de trabalho e não de esmolas.
Amanda