quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Apagão do gás?

Nessa última terça feira, além do trânsito, os motoristas de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram mais uma preocupação. A Petrobrás suspendeu o fornecimento de gás natural veicular em 17% nas duas metrópoles, justificando que necessita assegurar a geração de energia elétrica para as usinas a gás do Brasil.


As conseqüências foram mais de 89 postos de gasolina, oito grandes indústrias, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a Bayer e empresas de São Paulo. Além disso, essa notícia pegou a população de surpresa, os postos tiveram filas de carros tentando garantir seu combustível. A exemplo desse desespero são os taxistas que temem o prejuízo, já que o gás é um combustível muito mais barato.


A Petrobras informou ainda que as concessionárias Comgás (de SP), CEG (Companhia Estadual de Gás – RJ) e a CEG-Rio estavam usando um volume maior que o estabelecido no contrato, e que todas foram previamente avisadas desse ‘racionamento’. As empresas divulgam que não concordam com a medida, tomada de forma arbitrária.


O gerente da CEG (RJ), Hugo Aguiar disse em entrevista para a Folha do GNV, em setembro de 2007, que: “O que a gente avalia é que se está num momento restritivo. O governo federal, por conta de um momento complicado no setor elétrico, quer reservar gás para esta área e isto acaba afetando o segmento automotivo”, explicou. Ou seja, eles tinham o conhecimento prévio desse risco, e sabem que existe uma cautela quanto a essa distribuição.


Hoje, saiu uma liminar por parte da Justiça do Rio obriga que a Petrobras restabeleça o fornecimento de gás natural às concessionárias Ceg e Ceg-Rio, como nos últimos doze meses. A estatal não informou se irá recorrer. Mesmo com a medida, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Vieira, afirma que essa redução já deu um prejuízo de quase cindo bilhões (4,5 % do PIB fluminense).


Quem deverá arcar com todo o prejuízo da população e das empresas?


Agora resta a insegurança, até quando isso ficará 'normalizado'?

Nenhum comentário: