terça-feira, 2 de outubro de 2007

Saga utópica de um Universo Melhor

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 191.791.000 pessoas habitam no Brasil. Ainda segundo o órgão, os objetivos do MILÊNIO são:

“Erradicar a extrema pobreza e fome
Universalizar a educação primária
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres
Reduzir a mortalidade na infância
Melhorar a saúde materna
Combater o HIV/aids, a malária e outras doenças
Garantir a sustentabilidade ambiental
Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento”

“Isso está ficando melhor? Ou você sente o mesmo? Isso vai deixar as coisas mais fáceis, agora que você arrumou alguém para culpar?
Um amor, um sangue, uma vida, você deve fazer o que você acha que deve

Uma vida, com um ao outro: irmãs, irmãos
Uma vida, mas não somos iguais
Nós temos que nos cuidar um do outro
We get to carry each other, carry each other... One, one
Nos ajudar

UM
(One, U2)

Não há como explicitar melhor o que quero dizer que utilizando números. Detalhar um pensamento complexo como a saga utópica de tentar mudar o mundo seria, a meu ver, no mínimo injusto, pois cada um interpreta seu papel nesse todo de uma forma única. Mas devo questionar: se somos 6.470.124.827 habitantes do MESMO mundo, não há nada que alguém possa fazer? Ou melhor, por onde podemos começar?

Isso não acontece aqui?
"Espreitando a morte" é a fotografia com a qual o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto-jornalismo em 1994. Carter teria dito que esperou cerca de 20 minutos para que o urubu fosse embora, mas isto não aconteceu. Teria dito ainda :"Um homem ajustando suas lentes para tirar o melhor enquadramento de sofrimento dela talvez tambem seja um predador, outro urubu na cena." Quatro meses depois suicidou-se.
Taxa de mortalidade infantil no Brasil– 27,4 a cada mil nascidos vivos (2005).
Aos nossos caros de profissão, amigos, irmãos... UM!

2 comentários:

Anônimo disse...

O mais estranho é que, como num acidente, a foto prende nossa atenção diante da desgraça de outro ser. E, também, não consigo imaginar a frieza do fotógrafo para não interferir ao ver tal cena... deu no que deu...

Patrícia Schiaveto disse...

Vendo essa foto tenho a certeza de que de certo modo, o sofrimento dessa criança pôde levar ao mundo, ao menos desconforto. Talvez, assim como o fotógrafo afirma, ele tenha sido tanto urubu quanto o próprio animal, mas assim, conseguiu mostrar ao mundo tamanha é a desigualdade.

Cabe a esta, mais uma pergunta: Até onde teremos que chegar para sensibilizar o mundo?