domingo, 4 de novembro de 2007

Continuar lecionando ou retomar os estudos?

Conforme divulgado na Folha Online do último dia 22, 47% dos professores da educação básica não têm diploma universitário. A única restrição para os profissionais desse nível é a de terem formação média ou o Magistério.

Se as determinações da Lei de Diretrizes e Bases (LDB) fossem cumpridas, profissionais com essa formação dificilmente participariam de concursos de admissão. A partir do próximo ano, não devem mais ser contratados os educadores que não possuírem formação superior.

Em 1996, dados do Censo Escolar do MEC indicavam que apenas 20% dos docentes de pré-escolas e do primeiro ciclo do ensino fundamental possuíam diploma de nível superior. A partir daí, o número aumentou para 53% - inclusos nesta conta os professores de creches.
Apesar do aumento, 658 mil professores de creches, pré-escolas ou dos primeiros anos do ensino fundamental continuam dando aula apenas com a formação média.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) instituiu em suas disposições o período entre 1997 e 2007 como a década da educação e, previu no artigo 87 que ao final desse período só seriam admitidos "professores habilitados em nível superior".

Contudo, anteriormente, a exigência de formação superior para os professores do segundo ciclo do ensino fundamental já existia, por isso, fica claro que a nova determinação tem como foco os docentes de creches, pré-escolas e do primeiro ciclo do ensino fundamental.

Especialistas e professores graduados são unânimes em dizer que a formação superior deve ser obrigatória a todos os professores, seja de ensino fundamental ou médio. Principalmente porque, a base dos primeiros anos de estudos deve ser a mais sólida.

Aí cabe uma questão: o que fazer com os profissionais que lecionam há mais de 30 anos e não possuem ensino superior?

sábado, 3 de novembro de 2007

Comemorar a violência ???


Nesta quinta, a Secretaria da Segurança de São Paulo divulgou as estatísticas criminais do terceiro trimestre do ano e comemorou a continuidade da queda dos números de registros de homicídios dolosos, foram 1.217 em todo o Estado. Em 2004, houve 2.196 homicídios dolosos em São Paulo.


O sociólogo Túlio Kahn é coordenador de Análise e Planejamento da Secretaria da Segurança Pública. Ele acha que o trauma provocado pelos atentados do PCC no ano passado, o suposto incentivo a ações policiais violentas por parte do governo estadual do Rio e o filme "Tropa de Elite" são motivos pelos quais a violência policial do Estado tem índices estáveis enquanto os de homicídios dolosos caem.


A violência é tema constante das páginas de jornal e todos os veículos de comunicação. Da apologia ao medo, ela toma conta da nossa vida. Um trabalho de Psicologia que fiz semana passada trata exatamente esse assunto, como a mídia aborda assuntos violentos. Agora, me pergunto, e pergunto a vocês: a mídia é fiel ao fato violento? Assusta saber tudo ou não vende contar histórias não violentas, e assim ela aumenta e banaliza o fato? Será que o fanfarrão Capitão Nascimento ajudou a controlar a violência em São Paulo?

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Será que vai pegar?



Com o intuito de incentivar os consumidores a pedirem notas fiscais, a cidade de São Paulo implantou o programa Nota Fiscal Paulista. O sistema de nota fiscal eletrônica é o mesmo já disseminado pela Prefeitura Municipal de São Paulo, implantado em 2006 e com emissão superior a 100 milhões de notas. Com a arrecadação de 3,4 bilhões de reais, a nota fiscal eletrônica disponibilizará 154 milhões que serão revertidos à população como crédito para o abatimento no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).


O programa Nota Fiscal Paulista também garante descontos em alguns impostos – dentre outros, o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores – IPVA e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS.


Cerca de 24 mil novos estabelecimentos já aderiram ao programa, e desde de ontem, mais 106 mil pontos já o implantaram. Estabelecimentos como padarias e confeitarias com predominância de produção própria; padarias e confeitarias com predominância de revenda; bares e outros estabelecimentos especializados em servir bebidas; lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares; serviços ambulantes de alimentação; fornecimento de alimentos preparados preponderantemente para empresas; serviços de alimentação para eventos e recepções, como bufe; cantinas; e empresas que fornecem alimentos preparados preponderantemente para consumo domiciliar deverão estar inscritos até o final de novembro.


Em dezembro chega a vez do comércio varejista relacionado à saúde, esporte e lazer de se adequarem ao novo sistema de emissão de nota fiscal. A previsão da Secretaria da Fazenda é de que 750 mil estabelecimentos tenham aderido à nova nota até maio de 2008.


No penúltimo dia de adesão (30 de outubro), o site da Nota Fiscal Paulista registrava o cadastro de 23.595 locais – o que representa 98% do total. A multa para os que não se adequarem é de 1.423 reais por nota não emitida.



Será que esse é mesmo um estímulo para os consumidores? E, a solução para a sonegação fiscal?



Informações: Portal G1




quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Inovar para ganhar dinheiro

"A família brasileira gasta, em média, R$ 1.778,03 por mês, valor pouco mais baixo que seu rendimento médio mensal, de R$ 1.789,66. Em quase todas as classes de rendimento o valor médio das despesas é maior que o valor arrecadado. Na classe de pessoas com R$ 400 de rendimento, ganha-se em média R$ 260,21, mas gasta-se R$ 454,70. Apenas as classes acima de R$ 3.000 gastam, em média, menos do que recebem.


Em meio a tantos gastos e poucas soluções, uma palavra pode resolver os problemas causados pela falta de emprego e oportunidades para obtenção de dinheiro: empreendedorismo. Dentro do perfil deste novo empresário, que aposta em idéias inovadoras e cria, muitas vezes, sua própria empresa, estão características como a insatisfação com sua situação atual, sensibilidade de percepção do mundo e dos mercados e coragem, claro! Porque não é fácil investir em um tipo de produto - ou serviço – que as pessoas ainda desconhecem e não se ter qualquer segurança se este irá triunfar.


Apesar de parecer haver produtos e serviços para todas as necessidades do homem contemporâneo, novos modos de vida requisitam novas características em velhos mercados ou a criação de muitos ainda inexistentes. Para se destacar, então, é necessário estar atualizado e bem preparado para saciar os anseios do cliente e conseguir, assim, ganhar dinheiro legalmente.


A partir da percepção da constante correria da população paulistana, a psicóloga e professora de Eda. Física Talia Jaoui, e sua sócia Lourdes Ottaviani, engenheira civil com especialização em Administração de Empresas, criaram a Tempo de Confiança. Sob o slogan “porque às vezes tudo o que precisamos é de uma mãozinha”, a empresa vende tempo. Isso mesmo, tempo! Ao contrário do que se pensa, não é o mesmo que comprar terreninhos no céu: você paga uma quantia por hora de trabalho para elas fazerem o que você precisa fazer, mas não tem tempo. Há uma lista de possíveis atividades a serem realizadas pela empresa, mas suas fundadoras não excluem outras necessidades e estão abertas a negociações.


A empresa, mesmo com menos de um ano de funcionamento, já vem colhendo frutos. Além da lista de clientes vir aumentando, tem ganhado visibilidade e apoio pela inovação. Entretanto, há dificuldades, e dentre as as principais enfrentadas, Talia afirma que estão fazer as pessoas entenderem este novo tipo de negócio e a propaganda, ainda cara: “Fica mais fácil e confiável no boca-a-boca”.


Apesar de tudo, nunca foi tão fácil empreender como é hoje. O acesso democrático à informação permite que o novo empresário saiba de tudo o que acontece nos mais variados mercados, requisito fundamental – e primeiro - para a criação de um negócio próprio. Isto sem mencionar a maior facilidade de acesso a recursos financeiros para a viabilização da empresa, seja por meio de investidores – número que tem aumentado - ou de empréstimos de bancos que realmente valem a pena conhecer.


Estudiosos dessa nova fórmula afirmam que ter uma experiência prévia na área em que se deseja atuar aumenta as chances de sucesso do negócio. Os criadores do site Youtube, Steve Chen e Chad Hurley, são os exemplos mais usados para embasar o argumento. Ou conheciam bem a área de web ou trabalharam em empresas do gênero. Caso este não seja o seu caso, ainda é possível se capacitar por meio de cursos, palestras, em feiras do ramo ou até buscando informações em livros como “PDI – O Poder das idéias”, de Ricardo Bellino, “Como vender qualquer coisa e a qualquer um”, de Joe Girard, e “Como chegar lá”, de Donald Trump.


Para incitar sobre o tema, o que você gostaria de comprar que ainda não há no mercado?

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Apagão do gás?

Nessa última terça feira, além do trânsito, os motoristas de São Paulo e Rio de Janeiro tiveram mais uma preocupação. A Petrobrás suspendeu o fornecimento de gás natural veicular em 17% nas duas metrópoles, justificando que necessita assegurar a geração de energia elétrica para as usinas a gás do Brasil.


As conseqüências foram mais de 89 postos de gasolina, oito grandes indústrias, como a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), a Bayer e empresas de São Paulo. Além disso, essa notícia pegou a população de surpresa, os postos tiveram filas de carros tentando garantir seu combustível. A exemplo desse desespero são os taxistas que temem o prejuízo, já que o gás é um combustível muito mais barato.


A Petrobras informou ainda que as concessionárias Comgás (de SP), CEG (Companhia Estadual de Gás – RJ) e a CEG-Rio estavam usando um volume maior que o estabelecido no contrato, e que todas foram previamente avisadas desse ‘racionamento’. As empresas divulgam que não concordam com a medida, tomada de forma arbitrária.


O gerente da CEG (RJ), Hugo Aguiar disse em entrevista para a Folha do GNV, em setembro de 2007, que: “O que a gente avalia é que se está num momento restritivo. O governo federal, por conta de um momento complicado no setor elétrico, quer reservar gás para esta área e isto acaba afetando o segmento automotivo”, explicou. Ou seja, eles tinham o conhecimento prévio desse risco, e sabem que existe uma cautela quanto a essa distribuição.


Hoje, saiu uma liminar por parte da Justiça do Rio obriga que a Petrobras restabeleça o fornecimento de gás natural às concessionárias Ceg e Ceg-Rio, como nos últimos doze meses. A estatal não informou se irá recorrer. Mesmo com a medida, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Vieira, afirma que essa redução já deu um prejuízo de quase cindo bilhões (4,5 % do PIB fluminense).


Quem deverá arcar com todo o prejuízo da população e das empresas?


Agora resta a insegurança, até quando isso ficará 'normalizado'?