segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Três a Quinze Anos de Prisão

O número de mulheres presas no Brasil por tráfico de drogas ultrapassa a marca de dez mil. Parece chocante, mas é a realidade! Os dados foram coletados pela polícia Federal, departamento de Narcóticos de São Paulo (Denarc) e o Ministério das Relações Exteriores (fonte: Revista ISTO É). A pesquisa diz ainda, que cerca de 80% delas tem o mesmo perfil: jovens e de classe média.

Essas mulheres aceitam incisões cirúrgicas para esconder a mercadoria (ecstasy e cocaína, principalmente). Ainda de acordo com a ISTO É, elas recebem de US$ 1 mil a US$ 15 mil por ‘serviço’, e esse valor varia de acordo com a quantidade da carga.

Acredita-se que essa procura por mulheres que aceitam realizar o serviço, antes feito por homens, baseia-se na boa aparência, que despista a polícia; além da máfia que atua junto aos produtores colombianos de drogas. O fato de no Brasil, o quilo da cocaína custar por volta de US$ 4.500, enquanto na Europa é de US$ 25 mil e no Japão até US$ 100 mil, ‘obriga’ os traficantes a transportá-la rumo ao maior lucro possível.

Inclusive no último dia 27, o site do jornal ‘O Globo’, do Rio de Janeiro publicou uma matéria em destaque intitulada: Mulheres no Tráfico – Uma vida nada cor-de-rosa nas bocas de fumo. Muito interessante, e discorre sobre a vida das favelas na pele de mulheres. Fala, também, sobre o crescimento dessa atividade e como é essa atuação dentro das favelas. Vale a pena conferir:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/10/27/326930083.asp

Baseada nessa matéria que sugeri, acredito que essas mulheres passam a ver apenas um lado de suas ações; como, geralmente, estão acompanhadas de outras que realizam as mesmas atividades (ou semelhantes), ocorre uma interação de idéias. Então, para permanecer de acordo com a maioria, seguem os ‘padrões’ e acreditam que seja algo bom para a família, em termos financeiros.

Porém, é possível afirmar que as mulheres tendem a temer a fuga dessa situação em que se meteram, pois, acreditam que esse é o jeito mais seguro de sobreviver e serem aceitas.

Até o ano de 2006, o número de mulheres presas por tráfico aumentou 76,1%.

Livro: “Falcão - Mulheres e o tráfico”, de Celso Athayde e MV Bill.




Parte do vídeo produzido pelas alunas de Jornalismo da Universidade Presbiteriana Manckenzie: Fernanda A. Kuslevicius / Helena Sá / Laura Andrews / Marina Beltrame / Patrícia Schiaveto / Renata Di Giaimo Sommerfeldt / Roberta Santoro;

Entrevista (na íntegra) realizada no município de Rio Claro - SP, pela aluna de Jornalismo do 5° semestre Marina Beltrame.

Um comentário:

Anônimo disse...

MUITO BOM ESTE POST !!!!!!

PARABENS !!!!