quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Ponto pra nossa saúde.


Segundo a prefeitura de São Paulo, a taxa de mortalidade por AIDS vem registrando gradativa queda desde 2000. Neste ano, a taxa foi de 12,46 por cem mil habitantes, e em 2006, de 9,25. Esta queda está diretamente ligada à adoção da medicação com anti-retrovirais e à implementação da política nacional de distribuição gratuita destes medicamentos.


Trabalhando no Conselho Regional de Medicina de São Paulo, e acompanhando diariamente crises nos sistemas de saúde - que são inúmeras -, podemos considerar isso vitorioso, visto que nosso presidente diz e trata isso como um problema de saúde pública. A distribuição de remédios para tratar a aids é assegurada pela Lei nº 9.313/96. Mas, há um problema: segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, 600 mil pessoas são portadoras do vírus HIV, mas apenas 180 mil recebem tratamento - menos de 1/3 dos infectados. Seria isso falta de informação, falta de educação ou falta de acesso? Ou de repente, todas essas pessoas sabem que tem direito ao tratamento, mas se negam a usá-lo, por preconceito, medo, ou até negação da doença?

Seja lá quais forem as causas, nesse caso, devemos bater palmas para a saúde pública brasileira.

"A maior riqueza é a saúde." (Ralph Waldo Emerson)



2 comentários:

Anônimo disse...

é realmente ótimo que os portadores tenham acesso ao coquetel através do governo.

mas acho que se houvesse mais informação à população de baixa renda e mais campanhas de prevenção (sem contar a de usar camisinha no carnaval...) não teria tanta gente precisando fazer valer esse direito garantido por lei.

Nathália Fuzaro disse...

Acho que as causas do baixo número do consumo do coquetel estão todas correlacionadas. Deve-se, para reverter esse quadro, fazer uma campanha pró-uso, pró-informação e contra-preconceito... Se a mídia e o governo não o fazem, cabe a nós ajudarmos uns aos outros.